Hospitais do interior do Ceará alertam para possível falta de estoque do kit intubação
A escassez nacional de medicamentos e insumos para intubação de pacientes com Covid-19 nas Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs), com a alta demanda de internações nos hospitais tem preocupado a todos e esses insumos já começaram a faltar em vários estados.
No Ceará, segundo o Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Ceará (Cosems-CE), “pelo menos 80% das cidades com leitos de UTI estão em criticidade”. De acordo com a Secretaria da Saúde do Ceará, 18 municípios possuem leitos de UTI. Em 2019, antes da pandemia eram apenas quatro cidades: Fortaleza, Sobral, Barbalha e Juazeiro do Norte. Ainda segundo o Cosems, esses quatro municípios têm estoque suficiente para no máximo duas semanas.
O kit intubação é composto por 22 medicamentos. Os insumos que estão próximo de se esgotarem são os bloqueadores neuromusculares e anestésicos. O panorama mais crítico é dos hospitais públicos, que dependem de licitação para compra dos medicamentos. Outra implicação dessa escassez de insumos é que impede as ampliações de leitos de UTI.
A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) nega a falta dos insumos e afirma que “se planejou com antecedência e tem garantido os fármacos essenciais para o tratamento da Covid-19 em sua rede hospitalar”. A Sesa articula uma forma de centralizar a compra e agilizar a aquisição imediata pelos municípios cearenses.
Na manhã do último domingo, 21, o secretário da Saúde do Ceará, Dr. Cabeto, participou de uma reunião virtual com o presidente da Fecomércio-CE, Maurício Filizola, e com os gestores da indústria e distribuição de medicamentos do Estado. O objetivo da reunião foi alinhar medidas alternativas para garantir o estoque e o fornecimento de medicamentos aos municípios durante este segundo pico da pandemia do novo coronavírus.
