Lançamento da nova vacina ButanVac esquenta a briga política entre João Doria e Bolsonaro

  • 26/03/2021

Além da CoronaVac, o Instituto Butantan busca viabilizar em abril um novo imunizante inteiramente produzido no Brasil para reforçar no combate à pandemia de Covid-19. A ButanVac aguarda autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para iniciar os testes clínicos com voluntários. A expectativa dos desenvolvedores é de que a vacina já esteja disponível a partir de julho, com o repasse de 40 milhões de doses até o fim de 2021.

A aprovação da ButanVac, produzida com recursos do Governo de São Paulo, significa um avanço na autonomia do plano nacional de vacinação, com mais estrutura nacional para fabricação e distribuição dos imunizantes, sem depender de importações. A tecnologia do novo imunizante é considerada por especialistas como de alto perfil de segurança, visto que utiliza um vetor viral que não causa sintomas no ser humano.

Segundo o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), a segunda vacina do Butantan tem o potencial de ser ainda mais segura no que se refere a possibilidades de efeitos colaterais. O anúncio da nova vacina foi cheia de jogadas de Marketing e atingiu diretamente o presidente Jair Bolsonaro, que mais uma vez ficou para trás na briga política com o governador tucano.

O golpe foi tão sentido por Bolsonaro que, ainda nesta sexta-feira à tarde, dia 26 de março, Bolsonaro fez o ministro de Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, anunciar, às pressas, que a há outras três vacinas nacionais incentivadas pela União avançando para a fase de “pré-teste”, como candidatas a imunizantes para o combate da Covid-19. Tudo para não perder a narrativa política.

Para a população, no entanto, não interessa briga política. O que é preciso é ação. As vacinas precisam estar disponíveis para imunizar a todos. E, neste ponto, 85% das doses em uso no País são da CoronaVac, do Instituto Butantan. Então, viva o Butantan!