Marcelo Queiroga será o substituto de Eduardo Pazuello na Saúde, diz Bolsonaro
Depois da desistência da cardiologista Ludhmila Hajjar em aceitar o cargo de Ministro da Saúde no lugar do General Eduardo Pazuello, o presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Marcelo Queiroga será o quarto ministro da Saúde desde o começo da pandemia de Covid-19, há pouco mais de um ano. Ele aceitou o convite do presidente Jair Bolsonaro, feito em reunião na tarde desta segunda-feira, dia 15 de março, em Brasília. A médica Ludhmila Hajjar diz não ter aceitado o cargo, porque não concorda com as ideias de Bolsonaro de agir contra o isolamento social e investir em tratamento precoce da doença com remédios ineficazes, já comprovados pela Ciência médica. Por pensar diferente do presidente, Ludhmila diz ter recebido até ameaças de morte de bolsonaristas pelas redes sociais.
O Brasil acumula mais de 278 mil mortes em razão da doença e a condução de Eduardo Pazuello à frente do Ministério da Saúde se mostra desastrosa, com falta de leitos habilitados pela União nos estados e ritmo lento na campanha de vacinação no País, por falta de planejamento do Governo Federal na compra dos imunizantes. Desde o início da pandemia, já comandaram o Ministério da Saúde, o médico e ex-deputado Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS) e o médico Nelson Teich. Ambos saíram porque não suportaram o negacionismo de Bolsonaro diante do enfrentamento à Covid-19.