Oposição pressiona Bolsonaro e Ministério da Justiça tenta intimidar quem critica o presidente
A semana que passou foi de várias ações do Ministério da Justiça contra quem critica o presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais, diante do negacionismo dele e da má condução do enfrentamento da pandemia da Covid-19. Manifestantes em Brasília foram detidos e o youtuber Felipe Neto foi chamado à delegacia no Rio de Janeiro por classificar Bolsonaro de “genocida”. Posteriormente, uma juíza de primeira instância anulou o inquérito que estava sendo instaurado contra o youtuber, coberto de irregularidades.
Agora foi a vez do ex-ministro Ciro Gomes (PDT) virar alvo da Polícia Federal por criticar o presidente Jair Bolsonaro. O pedido de abertura de inquérito foi assinado pelo próprio presidente da República, por meio da Subchefia de Assuntos Jurídicos da Secretaria-Geral da Presidência, e conduzido pelo ministro da Justiça, André Mendonça. O motivo é que Ciro Gomes, em entrevista a uma emissora de rádio de Sobral, disse que mostrava um sentimento de “repúdio ao bolsonarismo, à sua boçalidade, à sua incapacidade de administrar a economia do País e seu desrespeito à saúde pública”.
Mesmo com a intimidação, outros setores da oposição também continuam a denunciar a incompetência do governo brasileiro diante da pandemia. Em entrevista ao jornal francês “Le Monde”, o ex-presidente Lula (PT) disse que o povo brasileiro “nunca” sofreu como agora, chamou o presidente Jair Bolsonaro de “genocida” e classificou o combate à covid-19 como a “3ª Guerra Mundial”.
No Congresso Nacional, parlamentares também já mostram insatisfação com a forma de Bolsonaro conduzir o processo de enfrentamento ao coronavírus.
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