Pazuello se complica em investigação sobre falta de oxigênio, enquanto Governo Bolsonaro recorre à China por mais vacinas
A falta de competência no gerenciamento da pandemia no Brasil está retratada no atual momento da gestão da saúde no País. Enquanto o ministro Eduardo Pazuello se vê cada vez mais enrolado na investigação da falta de ação para suprir a falta de oxigênio em Manaus, o Governo Bolsonaro apela à China por mais vacinas, no momento que a campanha de imunização pode parar nos estados pela falta de doses.
Segunda a Folha de S.Paulo, pelo menos 11 indícios, que podem ser usados como prova, reforçam que a cúpula do Ministério da Saúde tinha conhecimento prévio sobre a grave escassez de oxigênio nos hospitais em Manaus e foi omissa diante do tamanho do problema. O ministro Eduardo Pazuello é suspeito de crimes e investigado em inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal.
Enquanto isso, o Brasil teve 1.954 mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas. Mais um recorde nesta pandemia. Sob ameaça real de ter a campanha de vacinação paralisada por falta de doses, o Ministério da Saúde enviou carta ao embaixador da China para pedir ajuda por mais vacinas. O Governo Bolsonaro tenta abrir negociação com a farmacêutica Sinopharm para conseguir, pelo menos, 30 milhões de doses para fornecer ao Brasil. A vacina da Sinopharm, batizada de BBIBP-CorV, não está entre as doses negociadas ou em sondagem já anunciadas pelo Ministério da Saúde.
Não custa lembrar que esta é a mesma China que foi criticada pelo presidente Jair Bolsonaro, pelos seus filhos e aliados políticos quando do início das negociações com a vacina CoronaVac. Na hora da necessidade…
