PGR recorre pela manutenção da quebra de sigilo de Flávio Bolsonaro no caso das “rachadinhas” e a família dele é alvo de mais suspeitas
As investigações envolvendo suspeitas de movimentações ilícitas da família Bolsonaro ganharam novos capítulos nesta segunda-feira, dia 15 de março. A Procuradoria-Geral da República (PGR) recorreu da decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) pela anulação da quebra de sigilo do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos), vista como parte crucial para o andamento do caso das “rachadinhas”. Os fundamentos do recurso serão analisados pelo vice-presidente do STJ, Jorge Mussi, e decidirá se há argumento constitucional para o encaminhamento ao Supremo Tribunal Federal (STF).
A quebra de sigilo havia sido autorizada em 2019 pelo juiz Flávio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, quando o caso estava na primeira instância. A anulação ocorreu no último mês de fevereiro, por 4 votos a 1 em votação da Quinta Turma do STJ. Caso não seja revertida, a decisão do Tribunal pode levar à anulação de todas as provas obtidas a partir dos dados bancários do filho do presidente Jair Bolsonaro.
Outro novo episódio familiar envolve diretamente Jair Bolsonaro. O Portal UOL publicou reportagem mostrando que quatro funcionários de Bolsonaro retiraram 72% dos salários em dinheiro vivo, recebendo R$ 764 mil líquidos, entre salários e benefícios, e sacaram um total de R$ 551 mil em espécie. Na Câmara dos Deputados, a oposição já pressiona para que a PGR investigue as relações.
