Bolsonaro empossa seis ministros em cerimônia reservada e autoriza nova mudança na Polícia Federal
Dando continuidade às mudanças de comando nos ministérios diante da crise instaurada em seu governo, o presidente Jair Bolsonaro empossou em cerimônia reservada, nesta terça-feira, dia 6 de abril, os novos seis ministros escolhidos na semana passada. A solenidade restrita no Palácio do Planalto marcou a oficialização dos novos titulares da Casa Civil, da Secretaria de Governo, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, do Ministério das Relações Exteriores, do Ministério da Defesa e da Advocacia-Geral da União.
A “dança das cadeiras” seguiu da seguinte forma: antes na Secretaria de Governo, o general Luiz Eduardo Ramos agora responde pela Casa Civil. Em seu lugar no antigo cargo agora está a deputada federal Flávia Arruda (PL), nome do Centrão. O general Walter Braga Netto, antes na Casa Civil, assumiu o Ministério da Defesa. André Mendonça retomou o cargo na AGU, deixando o Ministério da Justiça com Anderson Torres. No Itamaraty, Carlos Alberto França tem o papel de buscar novos horizontes após a crítica gestão de Ernesto Araújo na diplomacia nacional.
Ao apresentar o novo ministro da Justiça e Segurança Pública, Bolsonaro disse abertamente que Anderson Torres (foto) tem “a sua própria Polícia Federal”, autorizando também novas mudanças na Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal.
Ano passado, o ex-ministro e ex-juiz Sérgio Moro já havia acusado, antes do pedido de demissão, tentativas de ingerência na PF pelo presidente.