MP investiga denúncia de irregularidades no Hospital de Campanha do PV. Prefeitura diz estar aberta a prestar esclarecimentos
O Ministério Público do Ceará (MPCE) investiga supostas irregularidades na gestão do Hospital de Campanha do Estádio Presidente Vargas, que funcionou no ano passado em Fortaleza para o tratamento de pacientes da Covid-19. A unidade foi montada pela Prefeitura da Capital para dar suporte ao atendimento de pacientes na primeira onda do coronavírus. Nesta terça-feira, dia 13 de abril, foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão, sendo seis em Fortaleza e quatro em São Paulo. Um dos mandados foi na Associação Paulista para Desenvolvimento da Medicina, instituição que gerenciou o Hospital de Campanha do PV.
Em nota, a Prefeitura Municipal de Fortaleza diz que “segue à disposição para prestar esclarecimentos sobre os fatos investigados, inclusive tendo instituído, ainda no ano passado, o Comitê de Controle Interno Transparência e Governança para o período de Calamidade Pública, que acompanha as ações durante a pandemia e fornece informações para os órgãos de controle externo”.
Na investigação denominada “Caldeirão”, que corre sob sigilo, houve quebra de sigilo de 37 pessoas físicas e jurídicas e o afastamento de quatro servidores públicos.
O Hospital de Campanha do PV foi aberto em 18 de abril e desativado em 21 de setembro de 2020 quando, segundo a Prefeitura de Fortaleza, não havia mais nenhum paciente internado. Devido a queda nos números da Covid-19 no segundo semestre, o último paciente a receber alta no Hospital do PV foi em 14 de agosto. A unidade funcionou com 224 leitos e atendeu 1.239 pacientes com o coronavírus.