Semana será de análise de Bolsonaro para vetos ao orçamento federal para 2021. Equipe econômica ameaça debandada se proposta não for alterada
O presidente Jair Bolsonaro tem até o dia 22 de abril para sancionar o orçamento federal para 2021, aprovado em março pelo Congresso Nacional. A proposta de orçamento é alvo de discussão entre a equipe econômica e parlamentares. Bolsonaro estuda vetos à proposta. O ministro da Economia, Paulo Guedes, defende um corte de R$ 20 bilhões a R$ 30 bilhões em verbas indicadas pelo Congresso para que seja possível recompor os recursos obrigatórios sem estourar o teto de gastos.
Bolsonaro tenta entrar em acordo com o presidente da Câmara, Arthur Lira, para definir os trechos a serem vetados. A proposta orçamentária foi aprovada com menos recursos que o mínimo para pagamento de despesas obrigatórias, como aposentadorias e demais benefícios previdenciários. A solução passa por reduzir a verba de emendas parlamentares e aumentar o orçamento obrigatório.
O projeto aprovado pelo Congresso é considerado inexequível pela equipe econômica. Paulo Guedes já enviou recado ao presidente de que pode haver uma nova debandada na equipe econômica se os problemas do Orçamento não forem corrigidos.