Ministro da Saúde sugere a empresários que retirem publicidade de veículos de imprensa que fazem críticas ao Governo Federal
O Governo Bolsonaro acumulou mais um atrito com os veículos de comunicação do País. Agora foi a vez do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, acusar setores da imprensa de “motivar a discórdia” durante a pandemia de Covid-19 no Brasil, e na sequência pedir para que empresários não paguem mais publicidades para as empresas jornalísticas.
“Seria bom que vocês, da iniciativa privada e que fazem publicidade nesse tipo de comunicação, repensassem essas estratégias”, disse Queiroga durante evento da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
A resposta do ministro vem após divulgação de balanços que apontam que o número de vacinados no Brasil, com pelo menos uma dose do imunizante, equivale a apenas 14,9% da população. Ao todo, 7,4% receberam as duas doses. Além disso, o Governo Federal está no alvo da CPI da Covid que investigará omissões do presidente Jair Bolsonaro e do Ministério da Saúde na gestão da crise sanitária, agravada em todo o País.
Nesta terça-feira, dia 4 de maio, grupo técnico criado por Queiroga decidiu contra indicar remédios para o tratamento contra a Covid-19 que não contam com comprovação de eficácia, como cloroquina, hidroxicloroquina e ivermectina. Com uso defendido pelos bolsonaristas, todos esses medicamentos já apresentaram casos de efeitos adversos em pacientes que utilizaram. O Brasil já ultrapassa a barreira de 400 mil mortos pelo coronavírus.