Nelson Teich revela que pediu demissão do Ministério da Saúde por não concordar com indicação de cloroquina

  • 05/05/2021

A CPI da Covid-19 no Senado Federal deu seguimento, nesta quarta-feira, dia 5 de maio, aos depoimentos de ex-ministros da Saúde, no intuito de investigar ações e omissões do Governo Bolsonaro à frente da gestão da pandemia no País. Interrogado da vez, o médico Nelson Teich afirmou que ficou apenas 28 dias na pasta por “não ter autonomia” e discordar da indicação do uso de cloroquina defendido pelo presidente e sua base apoiadora no Planalto.

Teich argumentou que não poderia bancar a promoção da cloroquina como parte do tratamento da Covid-19 por falta de eficácia comprovada cientificamente. Contudo, disse ter sido pressionado por declarações de Jair Bolsonaro a estimular o uso do medicamento pela população.

O ex-ministro destacou que, durante sua passagem pela Saúde, abordou junto à presidência a pauta das vacinas e falou que deveria ter havido uma “estratégia mais focada” na aquisição dos imunizantes. “Eu trouxe o estudo da AstraZeneca para o estudo ser realizada no País, para o Brasil ser um dos braços do estudo, na expôs.

Sobre o seu substituto no cargo, o general Eduardo Pazuello, Teich afirmou que essa foi uma indicação do presidente, sem que houvesse uma decisão técnica. “Na posição de ministro, eu acho que seria mais adequado um conhecimento maior sobre gestão em saúde”.