Após pressão de Bolsonaro, Exército arquiva processo de punição contra Pazuello
Depois de ter sido contemplado com um novo cargo no Palácio do Planalto, com salário de R$ 16 mil reais, o ex-ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, recebeu uma boa notícia nesta quinta-feira, dia 3 de junho. O Comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, decidiu arquivar processo administrativo contra Pazuello, aberto após o ex-ministro da Saúde participar de um ato político ao lado do presidente Jair Bolsonaro no Rio de Janeiro. Na ocasião, Pazuello subiu em um carro de som no aterro do Flamengo para exaltar Bolsonaro, após passeio de moto do presidente com apoiadores.
A decisão do Exército de isentar o general Eduardo Pazuello de punição por participar de ato político com Bolsonaro foi tomada em conjunto entre o comandante e o Alto-Comando, composto por 15 oficiais de quatro estrelas. O temor é que se fosse dada alguma punição, Jair Bolsonaro poderia desfazer a mesma e deixaria o Comandante do Exército em situação vexatória, tendo como única saída a renúncia. O arquivamento do processo não diminuiu o clima de descontentamento entre outros generais que temem novos atos de indisciplina no futuro.
Em tempo: A revista The Economist, uma das maiores publicações da Inglaterra, afirmou em edição desta semana que o Brasil está diante da maior ameaça à democracia desde o fim da ditadura militar e cobrou ação do Congresso Nacional pelo impeachment de Jair Bolsonaro.