CPI da Covid anuncia lista de investigados com Mayra Pinheiro, Pazuello e Queiroga. Requerimentos serão votados na próxima terça-feira
A CPI da Covid divulgou, em sessão desta sexta-feira, dia 18 de junho, a lista de 14 relacionados como testemunhas da comissão que devem ser investigados por ações e omissões do Governo Federal na gestão de crise da pandemia no País. Os nomes foram apresentados pelo relator dos trabalhos, senador Renan Calheiros (MDB), e dentre eles estão nomes como o da médica cearense e secretária do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, do atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.
Com a reclassificação de testemunhas para investigados, os relacionados na lista precisam agora preparar sua defesa e terão de responder diante de todas as informações, documentos e provas reunidas pela CPI. Aqueles que já prestaram depoimento não terão comprometidas a análise do conteúdo de suas declarações.
Figuram ainda no escopo o empresário e suposto integrante do gabinete paralelo, Carlos Wizard, a médica Nise Yamaguchi, o ex-ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, o ex-secretário e braço direito de Pazuello, Elcio Franco Filho, o ex-assessor da Presidência, Arthur Weintraub, além de servidores atuais na gestão do presidente Jair Bolsonaro.
A CPI transferiu para a próxima terça-feira, dia 22, a votação de requerimentos, que envolvem a convocação para novos depoimentos, quebras de sigilo e também requisição de informações oficiais.
Nesta sexta-feira, a comissão recebeu os médicos Ricardo Ariel Zimerman e Francisco Cardoso Alves, defensores do tratamento precoce com uso de cloroquina e outros medicamentos sem eficácia comprovada contra o coronavírus. Revoltados com o negacionismo dos depoentes, os senadores Renan Calheiros, Humberto Costa (PT) e Randolfe Rodrigues (Rede) decidiram por deixar o plenário.
“Eu sinceramente, em função desse escárnio, desse descaso, me recuso a fazer qualquer pergunta aos expoentes. Não dá para continuarmos nessa situação”, falou Calheiros, que também criticou o as mais recente fala de Bolsonaro, afirmando que a contaminação é mais eficaz do que a vacina contra a Covid.
