STF permite a realização da Copa América no Brasil
O Supremo Tribunal Federal decidiu, nesta quinta-feira, dia 10 de junho, pela rejeição das duas ações que pedem a suspensão da Copa América no Brasil. A Corte formou maioria para manutenção do torneio em solo brasileiro, com seis dos 11 ministros a favor em plenária virtual. A ministra Cármen Lúcia foi a relatora do pedido para que a suspensão fosse rejeitada.
O ministro Ricardo Lewandowski acompanhou a ministra pela rejeição, mas defendeu que o governo federal deve apresentar, dentro do prazo de 24 horas, um planejamento estratégico que garanta a realização segura da competição de seleções no País. Além disso, Lewandowski votou pela determinação de que os governos estaduais que sediarão os jogos (Distrito Federal, Rio de Janeiro, Mato Grosso e Goiás), além dos prefeitos das cidades de Rio de Janeiro, Cuiabá e Goiânia, prováveis sedes, apresentem também um plano de operação ao STF dentro do mesmo prazo.
Em sua relatoria, Carmen Lúcia apontou que o papel do STF é o de atuar segundo as balizas da Constituição e da legislação vigente. “Juiz não atua porque quer, nem como deseja, mas segundo o que o direito determina e nos limites por ele estabelecidos”, justificou a negativa.
As investidas contra a Copa América foram apresentadas pelo PSB e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos. Com caminho livre para realização, a Copa América começa no Brasil no próximo domingo, dia 13.
Em tempo: no mesmo dia que o STF libera a Copa América no Brasil, gerando mais risco de disseminação do coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro afirmou hoje que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, deve publicar um parecer para desobrigar o uso de máscara por parte daqueles que já foram vacinados ou contraíram a Covid-19 e se recuperaram, contrariando as recomendações de autoridades sanitárias do mundo todo.