Área técnica da CGU confronta ministro e investiga suspeitas de corrupção na compra de vacinas
O ministro-chefe da Controladoria-Geral da União, Wagner Rosário (foto), tem trabalhado no sentido de diminuir a gravidade das denúncias que envolvem as negociações de vacinas com supostas irregularidades e indícios de corrupção no governo Bolsonaro. No entanto, na contramão do titular bolsonarista, a área técnica da CGU está conduzindo investigação para apurar as suspeitas que envolvem o Ministério da Saúde.
Segundo a reportagem da Folha de S. Paulo, o órgão tem feito os procedimentos com diligências sigilosas para fiscalizar cada passo do governo federal nos tramites de aquisição dos imunizantes.
No fim de junho, o contrato de R$ 1,6 bilhão fechado entre o governo e a fabricante indiana Bharat Biotech, responsável pela Covaxin, foi suspenso, logo após a denúncia de que haveria superfaturamento e irregularidades no acerto da compra.
Porém, mesmo diante da decisão, Rosário negou que as dimensões do caso fossem reais, alegando que a suspensão moveu-se “por uma medida simplesmente preventiva, visto que existem denúncias de uma possível irregularidade que não conseguiu ainda ser bem explicada”. Enquanto isso, o caso continua ganhando novos capítulos e novas dimensões a cada passo dado pelos inquéritos hoje em curso.