Bolsonaro fará reforma ministerial com retorno do Ministério do Trabalho, troca na Casa Civil e mudanças na Economia
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou nesta quarta-feira, dia 21 de julho, que fará uma “pequena” reforma ministerial a partir da próxima segunda-feira, dia 26. Toda a “costura política” vai garantir mais poder ao Centrão e tenta fazer frente à impopularidade de Bolsonaro registrada nas pesquisas de opinião. O presidente da República, a cada mudança ministerial, fica mais refém dos partidos da base aliada, principalmente, o Progressistas (PP).
Bolsonaro está enfrentando o momento mais delicado de sua gestão à frente do País até aqui, com alta rejeição popular e pressão no Congresso Nacional por seu impeachment.
Dentre as mudanças a serem anunciadas pelo presidente da República estão a recriação do Ministério do Trabalho, que seria assumido pelo atual secretário-geral da Presidência, Onyx Lorenzoni, e a mudança da titularidade da Casa Civil para o senador Ciro Nogueira (PP), que resultariam na ida do atual ministro Luiz Eduardo Ramos para a Secretaria-Geral.
Diante do anúncio de Bolsonaro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a pasta vai passar por uma “reorganização interna” dentro da área de “emprego e renda”, sem confirmar o desmembramento da Economia com o retorno do Ministério do Trabalho. No início da atual gestão federal, Guedes criou o “superministério” da Economia para centralizar todas as decisões da política econômica. Em meio à crise e fortes pressões, o prestígio do ministro foi reduzido e ele vai ficando com pouca voz nas decisões da sua pasta.