CPI da Covid ouve hoje representante da Davati. Diretora da Precisa entra em contradição no depoimento e se nega a mostrar contrato
A CPI da Covid ouve, nesta quinta-feira, dia 15 de julho, o depoimento de Cristiano Carvalho, representante no Brasil da empresa Davati Medical Supply.
A Davati entrou na mira da CPI após o policial Luiz Paulo Dominghetti, que se apresenta como representante da empresa, ter dito que em fevereiro deste ano o então diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Dias, pediu propina em troca da assinatura de um contrato para compra de vacinas. Segundo Dominghetti, a negociação envolvia 400 milhões de doses da vacina da AstraZeneca, e Roberto Dias pediu propina de US$ 1 por dose.
Nesta quarta-feira, dia 14, a diretora-executiva da Precisa Medicamentos Emanuela Medrades (foto) prestou depoimento à CPI da Covid por mais de seis horas e negou ter havido ilegalidade ou irregularidade nas negociações envolvendo a vacina Covaxin e o governo brasileiro. Ela se negou a mostrar o contrato aos senadores e entrou em contradição no envio do contrato ao Ministério da Saúde.
A aquisição da Covaxin, cujo contrato com o governo brasileiro foi firmado em R$ 1,6 bilhão para 20 milhões de doses, é alvo de investigações da Polícia Federal, do Tribunal de Contas da União e do Ministério Público.