Bolsonaro perde mais uma na Câmara e PEC do voto impresso é rejeitada no Plenário
Não adiantou a pressão do desfile militar promovido por Bolsonaro na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Os governistas não tiveram voto suficiente para aprovar a PEC do voto impresso, que foi rejeitada no Plenário da Câmara dos Deputados, na noite desta terça-feira, dia 10 de agosto.
A queda da pauta representa uma grande derrota para o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e seus aliados, visto que os ataques bolsonaristas ao sistema eleitoral com urnas eletrônicas têm sido intensificados ao longo das últimas semanas.
A votação terminou com 218 votos contrários, 229 a favor e uma abstenção. Para receber aprovação, a PEC deve registrar no mínimo 308 votos favoráveis. Assim, a proposta seguiu para o arquivamento e nada será alterado para as eleições de 2022.
Em discurso logo após o encerramento da sessão, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), disse que este resultado já era o aguardado. “Espero que esse assunto esteja definitivamente enterrado”. Mesmo a pauta tendo sido derrotada logo nas comissões do Legislativo, por insistência do presidente, Lira levou a PEC para apreciação em plenário. O presidente da Casa falou ainda que espera que a “temperatura baixe” e que Bolsonaro reaja bem à decisão final dos parlamentares.
Ao longo da noite de votos, já era aguardada a derrota. Tanto que os deputados governistas chegaram a se mobilizar para tentar adiar a pauta para outro dia de votação, como estratégia de garantir mais tempo hábil para conquistar mais apoios. Contudo, a articulação em defesa da manutenção do voto eletrônico foi maior e barrou de vez a demanda.
