Bolsonaro prepara desfile de tanques de guerra no Planalto em dia de votação da PEC do voto impresso na Câmara Federal
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) segue em ataques e ameaças às instituições do País. Para esta terça-feira, dia 10 de agosto, o chefe do Executivo prepara um desfile de tanques de guerra e lança-mísseis pela Esplanada dos Ministérios. O comboio vai estacionar em frente ao Palácio do Planalto, justo em dia de discussão em plenário da PEC do voto impresso no Congresso Nacional. Aliados de Bolsonaro já admitem que a ideia do voto impresso será rejeitada pelos deputados federais.
Após insistentemente investir sem provas na acusação de fraude nas eleições com urnas eletrônicas, Bolsonaro está prestes a ver a sua pauta em defesa do voto impresso ser derrubada pelos parlamentares. Uma derrota grande, depois de dias tensos de ataques do presidente ao STF e ao TSE.
O desfile bélico de Bolsonaro é visto como a última tentativa de intimidação e totalitarismo, por parte de deputados e senadores de oposição ao governo. O PSOL anunciou que irá entrar com um mandado de segurança para impedir o desfile militar previsto para acontecer em Brasília.
O senador Randolfe Rodrigues (Sustentabilidade) afirmou que “colocar tanques na rua não é demonstração de força, e sim de covardia”, e que esta ação será “o crime que falta para lhe colocarmos (Bolsonaro) na cadeia.”
Membros da cúpula do Exército classificaram como “totalmente inusitado” o desfile de blindados, envolvendo os equipamentos da Marinha. O pretexto utilizado é entregar um convite a Jair Bolsonaro, que na verdade poderia ser enviado até por e-mail.
