Bolsonaro e sua comitiva enfrentam protestos em Nova York. Presidente é chamado a atenção por não estar vacinado
A segunda-feira, dia 20 de setembro, foi cheia de constrangimentos e protestos contra o presidente Jair Bolsonaro e sua comitiva em Nova York. Depois de comer pizza na rua no domingo passado por não poder entrar em um restaurante por não estar vacinado contra a Covid-19, o presidente precisou se alimentar num restaurante brasileiro, nesta segunda, com um “puxadinho” na calçada. Voltou a enfrentar protestos durante o jantar e o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, ainda fez gestos obscenos para os manifestantes brasileiros.
Mas os constrangimentos estavam ainda reservados para o pronunciamento do prefeito de Nova York (EUA), Bill De Blasio, que enquadrou o presidente brasileiro. “Precisamos mandar uma mensagem a todos os líderes mundiais, especialmente Bolsonaro, do Brasil, de que se você pretende vir aqui, você precisa ser vacinado. E se você não quer se vacinado, nem venha, porque todos devem estar seguros juntos”, disse Blasio.
Em encontro com o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, Bolsonaro ainda teve de ouvir a recomendação que se vacine contra a Covid-19. Boris Johnson elogiou a vacina AstraZeneca e diz que tomou as duas doses. Jair Bolsonaro é o único dos líderes do G-20 na Assembleia Geral da ONU a não estar imunizado contra o coronavírus.
Ativistas ambientais ainda projetaram imagens ao lado da ponte do Brooklyn alertando sobre os perigos da chegada de presidente Bolsonaro a Nova York sem estar vacinado. As imagens destacam a agenda anti-ambiental de Bolsonaro, que levou à destruição da floresta amazônica, aos ataques sistemáticos aos direitos dos povos indígenas no país e a condução desastrosa da pandemia da Covid-19.