Diretor da Prevent Senior reconhece na CPI da Covid que mudava ficha dos pacientes que testavam para o coronavírus
O diretor-executivo da Prevent Senior, Pedro Benedito Batista Júnior, confirmou na CPI da Covid no Senado, nesta quarta-feira, dia 22 de setembro, que a empresa retirava o registro de Covid-19 da ficha de pacientes após 14 dias e permaneciam internados nos hospitais da rede. O caso revela indícios de sub-notificação inclusive nas mortes de pacientes. Os membros da CPI já têm dois prontuários de um médico e uma idosa que morreram de Covid e tiveram a certidão de óbito fraudada.
Pedro Benedito Batista Júnior passou à condição de investigado da comissão. Ele chegou à CPI sob a acusação de que a Prevent Senior ocultou mortes de pacientes em um estudo realizado para testar medicamentos sem eficácia contra a Covid. Um dossiê com essas denúncias, elaborado por 15 médicos e ex-médicos da empresa, foi encaminhado à CPI. Nove morreram durante a pesquisa, mas a Prevent só mencionou duas mortes.
Durante a pandemia, o presidente Jair Bolsonaro usou dados dessa “pesquisa” da Prevent Senior para definir a adoção de tratamento precoce contra a Covid-19 com remédios já comprovadamente ineficazes para o tratamento do coronavírus.
Nesta quinta-feira, dia 23, a CPI da Covid ouve o diretor institucional da Precisa Medicamentos, Danilo Trento, sobre suspeitas que envolvem as negociações da empresa, então representante do laboratório indiano Bharat Biotech, com o Ministério da Saúde para a compra da vacina indiana Covaxin.