Manobra de Paulo Guedes para furar teto de gastos gera debandada no Ministério da Economia
Os malabarismos prometidos pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, para bancar os R$ 400 reais do novo programa Auxílio Brasil, sem apontar de onde garantir os recursos, não vem causando estragos só no mercado financeiro. Nesta quinta-feira, dia 21 de outubro, o secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, e o secretário do Tesouro Nacional, Jefferson Bittencourt, pediram demissão de seus cargos no Ministério da Economia. Também pediram demissão a secretária especial adjunta do Tesouro e Orçamento, Gildenora Dantas, e o secretário-adjunto do Tesouro Nacional, Rafael Araujo. E o motivo é a proposta do governo de furar o teto de gastos para viabilizar o Auxílio Brasil.
Jair Bolsonaro também enfrenta outra “queda de braço” com os caminhoneiros devido a alta no preço do diesel, a fim de evitar uma greve da categoria a partir de 1° de novembro. Bolsonaro anunciou que vai pagar um auxílio a 750 mil caminhoneiros autônomos para compensar o aumento do diesel.
O problema é que Bolsonaro não explicou de onde vai tirar os recursos, nem a partir de quando o benefício será pago. Coincidência ou não, o secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia (MME), José Mauro Coelho, pediu demissão do cargo também nesta quinta-feira.