Relatório da CPI da Covid deve indiciar do presidente a ministros. Relator apontará crimes cometidos e provas
Para quem acha que a CPI da Covid no Senado Federal vai terminar em “pizza”, o relator Renan Calheiros promete um relatório cheio de provas e evidências que irá causar muita dor de cabeça com a Justiça para os envolvidos.
O relatório final, a ser apresentado nesta terça-feira, dia 19 de outubro, deve propor que 63 pessoas sejam indiciadas. O destaque fica para o presidente Jair Bolsonaro, acusado de cometimento de 11 crimes na condução da pandemia. Também devem ser responsabilizados os filhos do presidente, ministros e ex-ministros, funcionários e ex-funcionários do governo, deputados e médicos. O ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e o atual Marcelo Queiroga estão na lista de indiciados.
O relatório tem mais de mil páginas, onde Renan Calheiros deve relatar basicamente que o Governo Federal manteve um gabinete paralelo para dar suporte a medidas na área de saúde contra as evidências científicas; trabalhou com a intenção de imunizar a população por meio de contaminação natural, a chamada imunização de rebanho; priorizou o tratamento precoce sem eficácia comprovada e agiu contra a adoção de medidas não farmacológicas, como o distanciamento social e o uso de máscaras, além de atuar para atrasar a compra de vacinas.
