Eficácia das vacinas promove redução de 82% dos casos graves de síndromes gripais em UPAs de Fortaleza
Os casos mais graves de síndromes gripais tiveram uma redução de 82% nos atendimentos nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Fortaleza em relação à primeira onda da Covid-19. A vacinação massiva da população é apontada como responsável pela queda de internações de pessoas com quadros mais severos na porta de entrada da rede pública de saúde.
Apesar da alta incidência de casos de covid-19 em dezembro de 2021 e no mês incompleto de janeiro de 2022, os dados registrados em nove Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Fortaleza indicam que o número de transferências para unidades de alta complexidade nos 56.783 atendimentos realizados neste intervalo – até o último dia 19 – é de 2.609 casos.
Ou seja, apenas 4,59% do total de atendimentos evoluiu para quadros mais graves. O que atesta que a vacinação massiva da população cearense tem contribuído para que os quadros mais severos sejam minoria absoluta na porta de entrada da rede pública de saúde.
Comparando com o cenário sem vacinação, nos meses de pico das duas ondas anteriores de covid-19 no Brasil – maio de 2020 e março de 2021 – os índices de transferências pela confirmação ou suspeita da doença para leitos em unidades de média e alta complexidade eram bem superiores aos atuais, chegando a uma diferença proporcional de 82% entre o atual período e a fase mais crítica da primeira onda.
Em maio de 2020, uma a cada quatro pessoas que buscavam as UPAs (25,61%) precisavam ser encaminhadas para leitos de hospitais de maior complexidade. Em março de 2021, a necessidade de internação – seja enfermaria ou UTI – chegava a 17,27% dos pacientes atendidos. No recorte atual, com a maioria da população vacinada, a cada vinte pessoas que dão entrada nas UPAs apenas uma necessita de transferência.
O governador Camilo Santana comentou os dados, que comprovam a eficiência da vacina no combate à pandemia. Ele apelou para que as pessoas não deixem de se cadastrar e que completem o esquema vacinal, com as duas doses e a dose de reforço.