Mesmo diante da alta de casos da Covid-19 no País, Bolsonaro e Queiroga apostam em retardar vacinação das crianças
Mal recebeu alta do hospital onde tratou de uma obstrução intestinal, o presidente Jair Bolsonaro voltou à sua agenda de “prioridades” diante dos problemas do País. Foi participar da abertura de um jogo beneficente de cantores sertanejos, em Goiás.
Mas o maior problema não está aí. Está na continuidade de uma campanha sórdida contra a vacinação de crianças na faixa etária de 5 a 11 anos, que já deveriam estar sendo imunizadas com a vacina pediátrica da Covid-19. Tanto Bolsonaro, como o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, investem contra a vacinação protelando o início da campanha para os menores, que deveria ter iniciado desde 16 de dezembro do ano passado quando a Anvisa liberou o imunizante.
O Governo Federal está sendo obrigado pelo STF a incluir as crianças no Plano Nacional de Imunização (PNI), a exemplo do que ocorreu com o público adolescente. Marcelo Queiroga, por determinação de Bolsonaro, ainda inventou uma consulta pública sobre o uso da vacina para as crianças e foi derrotado. Ou seja, a maioria esmagadora da população brasileira quer vacinar os seus filhos pequenos.
E mais uma vez, os negacionistas vão ficando pra trás na História, que será bastante dura com quem trabalha contra a vacinação. Não é à toa, que as UTIs do País estão ocupadas em sua maioria com pacientes de Covid-19 que não tomaram uma única dose das vacinas.
As primeiras doses de vacinas contra a doença destinadas a crianças de 5 a 11 anos deverão chegar ao Brasil no dia 13 de janeiro. Está prevista uma remessa de 1,2 milhão de doses do imunizante da Pfizer, que é o único aprovado até o momento pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).