Defesa do nazismo em podcast causa demissões, ameaça mandato parlamentar e pode terminar em prisão

  • 10/02/2022

A conversa sobre nazismo entre o deputado federal Kim Kataguiri (SP) e o apresentador e influencer Bruno Aib, conhecido por Monark, esta semana no Flow Podcast continua rendendo muito prejuízo aos envolvidos depois da repercussão negativa do episódio. Kim está com a filiação ao Podemos, do ex-juiz Sergio Moro, ameaçada. Nem o próprio pré-candidato à Presidência da República se manifestou sobre as manifestações sobre o nazismo por parte do parlamentar ou saiu em sua defesa. Kim Kataguiri é um dos criadores do Movimento Brasil Livre (MBL).

Agora, o PT formalizou, no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, o pedido de cassação do deputado federal Kim Kataguiri. O deputado manifestou o seu posicionamento ao concordar com o apresentador Monark, que defendeu permissão na legislação brasileira para a existência de um partido nazista.

Após o episódio, Monark foi demitido do Flow Podcast que também perdeu patrocínios por causa do posicionamento do youtuber. A Procuradoria-Geral da República (PGR) determinou a apuração da suposta apologia ao nazismo cometido pelo deputado Kim Kataguiri.

Segundo o Ministério Público de São Paulo, o canal de entrevistas na internet, Flow Podcast, e o apresentador Monark podem pagar indenizações e até ser presos caso sejam condenados pela Justiça por apologia do nazismo e discriminação contra judeus.

Em tempo: nos desdobramentos do episódio entre Monark e Kim, o comentarista dos canais Jovem Pan, Adrilles Jorge, também foi demitido da emissora após fazer uma suposta saudação nazista no encerramento de um programa na noite da terça-feira, dia 8 de fevereiro. Após apoiar as manifestações nazistas de Monark no Flow Podcast, Adrilles se despediu do público com a palma da mão estendida, um sinal de saudação a Adolf Hitler, líder do nazismo entre as décadas de 1930 e 1940 na Alemanha.