Mês de fevereiro Laranja conscientiza sobre a leucemia e doação de medula óssea
A Campanha “Fevereiro Laranja” pretende esclarecer sobre a leucemia e a importância da doação de medula. No Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), as estatísticas recentes registram mais de 10 mil novos casos de leucemia, sendo 5.920 em homens e 4.890 em mulheres, em 2020.
O chefe da Unidade de Oncohematologia do Hospital Universitário Walter Cantídio, do Complexo Hospitalar da UFC/Ebserh (CH-UFC), o médico Fernando Barroso, explica que a leucemia é um tipo de câncer que atinge a medula óssea, especificamente na produção de células brancas do sangue, responsáveis pela defesa, mas também atrapalha a produção de outras células sanguíneas como os glóbulos vermelhos e plaquetas, que agem na coagulação. O diagnóstico é feito por meio de exames laboratoriais, como o hemograma, e outros mais específicos da medula óssea, como o mielograma.
Os sintomas mais comuns, ainda segundo o médico, são a presença de febre, manchas no corpo, sangramentos (na gengiva, menstruação abundante) e anemia que causa cansaço extremo e palidez.
As principais vias de tratamento da leucemia são a quimioterapia e imunoterapia para alcançar o estado de remissão do câncer, com possibilidade, quando avaliado, do transplante de medula. A medula está presente no interior dos ossos e contém células-troncos capazes de, com o transplante, substituir as células cancerígenas por uma medula que produzirá novas células normais.
Para ser um doador de medula óssea é preciso ter entre 18 e 35 anos e estar em bom estado de saúde. Será colhida uma amostra de 5 ml sangue para os testes e esses dados farão parte do Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome). Este cadastro pode ser feito através de hemocentros de todo o país. Em Fortaleza, o Hemoce é o principal local que realiza esse trabalho.