Bolsonaro aposta as fichas em “pacote de bondades” para os mais pobres de olho na corrida presidencial
O ano é eleitoral e o presidente Jair Bolsonaro aposta num “pacote de bondades” para recuperar o prestígio na população mais pobre. Diante de uma inflação galopante e alta dos preços nos alimentos, também influenciada pelo reajuste do diesel, Bolsonaro tenta injetar dinheiro no mercado. A inflação dos alimentos que compõem a cesta básica chegou a 12,67% no acumulado de 12 meses até fevereiro no Brasil.
O pacote de Bolsonaro tem potencial para injetar R$ 150 bilhões na economia até o fim de 2022. As medidas são liberar parte do FGTS, antecipar o 13º salário de aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), criar um programa de microcrédito e ampliar empréstimos consignados.
O problema é o fato de Bolsonaro tentar tirar o corpo fora das suas responsabilidades. Ele joga a culpa pelo aumento dos combustíveis no colo de Joaquim Silva e Luna, o general que ele próprio nomeou para presidir a Petrobras. Já deixou claro para o ministro da Economia, Paulo Guedes, que vale tudo para buscar a reeleição. Para recuperar o espaço perdido para Lula nas pesquisas eleitorais, a ordem é apostar num populismo que inclui vale gás, perdão de dívidas dos estudantes no Fies, reajuste para professores, redução do IPI de fogões e geladeiras, além da antecipação do 13º dos aposentados e liberação do FGTS.
Até outubro, vale tudo pelo voto!