Ministro do TSE tenta barrar manifestações políticas no Festival Lollapalooza, mas artistas e públicos reagem com novos protestos
O clima eleitoral ganha força no País no que se aproxima o período de campanha e a definição dos candidatos à Presidência da República. Durante o fim de semana, o PL do presidente Jair Bolsonaro pediu que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) barrasse manifestações políticas no festival de música Lollapalooza, em São Paulo, após Pabllo Vittar e Marina se manifestarem no palco. Marina criticou Bolsonaro e Vittar ergueu uma bandeira do ex-presidente Lula.
O TSE se manifestou através de decisão do ministro Raul Araújo, que resolveu vetar manifestações eleitorais dos artistas, alegando propaganda eleitoral antecipada. O efeito foi inverso. Famosos reagiram contra a manifestação do ministro nas redes sociais e o domingo foi de novas manifestações de várias atrações no palco. Fresno abriu os trabalhos, exibindo um “Fora Bolsonaro” no telão e ainda recebeu no palco o cantor Lulu Santos, que se manifestou contra a censura.
O Lollapalooza recorreu da decisão de Raul Araújo e pediu não seja aplicada qualquer penalidade aos artistas que se manifestaram.
Em tempo: O ministro Raul Araújo, do TSE, que proibiu manifestações políticas durante shows do festival Lollapalooza, foi o mesmo que negou, na última quarta-feira, dia 23 de março, a retirada de outdoors com imagens do presidente Jair Bolsonaro de avenidas da cidade de Rondonópolis (MT) a pedido do PT que alegou propaganda irregular e antecipada.