Presidente do FNDE confirma na CGU que pastor que pediu propina a prefeitos no Ministério da Educação propôs: ‘Me ajude que eu te ajudo’
As denúncias de cobrança de propina e superfaturamento no Ministério da Educação continuam a causar dor de cabeça ao Governo Federal. O presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Marcelo Lopes da Ponte, relatou a uma comissão interna da Controladoria-Geral da União (CGU) “insinuações” que, segundo afirmou, recebeu do pastor Arilton Moura. “Me ajuda que eu te ajudo”, teria afirmado o pastor a Lopes da Ponte, de acordo com o relato do próprio presidente do FNDE.
À Comissão de Educação do Senado Federal, prefeitos denunciaram pedidos de propina. Segundo eles, os pastores Arilton Moura e Gilmar Santos atuavam como intermediários entre o MEC e prefeituras para a concessão de verbas do Ministério da Educação. Os prefeitos relataram pedidos de dinheiro e até de ouro. O escândalo provocou o pedido de demissão do então ministro Milton Ribeiro.
Senadores de oposição ainda continuam em busca de completar 27 assinaturas para instalar uma CPI para investigar as irregularidades no Ministério da Educação. Enquanto isso, o Palácio do Planalto trabalha para retirar os nomes de senadores que já assinaram o pedido.