Sargento Reginauro é ouvido na CPI do Motim. Oposição joga pressão durante depoimento
O vereador de Fortaleza, Sargento Reginauro (União Brasil), que já ocupou o cargo de presidente da Associação dos Profissionais de Segurança (APS), foi ouvido nesta terça-feira, dia 12 de abril, na CPI do Motim, na Assembleia Legislativa. A comissão investiga o possível apoio de associações militares no motim da PM no Ceará em 2020. Sargento Reginauro procurou se cercar de aliados políticos que compareceram ao depoimento, como os vereadores bolsonaristas Carmelo Neto (PL), Márcio Martins (Pros), Priscila Costa (PL) e Dudu Diógenes (Pros); além dos deputados estaduais Delegado Cavalcante (PL) e André Fernandes (PL).
Segundo levantamento da CPI, Sargento Reginauro, quando era presidente da APS, no período da paralisação da PM, teria assinado dois cheques nos dias 11 e 17 de fevereiro de 2020, em nome da Associação dos Profissionais da Segurança (APS) somando cerca de R$ 89 mil. Um movimento financeiro considerado atípico para a entidade, segundo o relator da CPI, deputado estadual Elmano de Freitas (PT).
Durante o depoimento, Sargento Reginauro reclamou da falta de compartilhamento de documentos obtidos pela CPI com a defesa dos convocados a depor. “Na ocasião necessária, vou esclarecer sobre os cheques todos os que foram assinados e estão lá com a minha assinatura, podem ter certeza”, confirmou o vereador.
Parlamentares de oposição procuraram colocar pressão no comando da CPI, alegando falta de acesso a documentos reunidos pela comissão, além de criticarem a abordagem dos membros da CPI aos depoentes.