Senadores dizem já ter assinaturas para CPI do MEC no Senado. Planalto tenta afastar Bolsonaro do ex-ministro Milton Ribeiro

  • 23/06/2022

Os senadores Randolfe Rodrigues e Jorge Kajuru disseram no Plenário do Senado terem conseguido os 27 apoios necessários para instalação da CPI do Ministério da Educação. Do Ceará, Tasso Jereissati e Cid Gomes assinaram o pedido do CPI para investigar a intermediação de verbas por dois pastores evangélicos na gestão do ex-ministro Milton Ribeiro. Os três foram presos preventivamente pela Polícia Federal por determinação da Justiça.

Dos três senadores cearenses, apenas Luis Eduardo Girão não assinou o pedido de CPI. Girão diz que não é bolsonarista, mas vota e defende todos as pautas do Governo Bolsonaro no Senado.

Além do desgaste eleitoral com a prisão de Milton Ribeiro, a campanha de Jair Bolsonaro está preocupada com uma possível delação do ex-ministro e dos pastores ao longo da investigação que venha a complicar a situação do presidente da República.

Nesta quarta-feira, dia 22 de junho, o advogado do ex-ministro Milton Ribeiro confirmou a existência de um depósito na conta da mulher do ministro no valor de R$ 50 mil feita por um parente do pastor Arilton Moura, um dos pastores presos na operação, junto com Ribeiro. A PF investiga se o dinheiro trata-se de propina paga pelas transações nos contratos do MEC.