Mentiras de Bolsonaro sobre urnas causam reação negativa entre embaixadores e deixam transparecer “discurso de derrota”
Não poderia ter sido pior a repercussão entre os embaixadores estrangeiros o discurso mentiroso do presidente Jair Bolsonaro contra o sistema eleitoral brasileiro. Em reunião em Brasília, Bolsonaro requentou denúncias contra as urnas eletrônicas sem qualquer prova apresentada. Para os embaixadores, Bolsonaro tenta repetir a estratégia do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, ao ser derrotado nas eleições norte-americanas. Um vexame internacional.
Nem mesmo o discurso golpista de que pode adiar as eleições no País pareceu impressionar os embaixadores. Até mesmo o comando da campanha de Bolsonaro se mostrou frustrada com a fala de Bolsonaro que passou imagem de um pré-candidato derrotado, por estar atrás do ex-presidente Lula (PT) nas pesquisas eleitorais de todos os institutos.
Os pré-candidatos Lula, a senadora Simone Tebet (MDB), e o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), também criticaram o discurso golpista de Bolsonaro. Avaliam que o presidente cometeu crime de responsabilidade ao colocar em xeque o próprio sistema eleitoral do País, além de mostrar que Bolsonaro não tem qualquer respeito à Democracia.
O presidente do TSE, ministro Edson Fachin, respondeu aos ataques de Bolsonaro. Ele disse que “buscam, sem muito disfarce, diluir a própria República e a constitucionalidade. Há inaceitável negacionismo eleitoral por parte de uma personalidade pública e afirmou que é muito grave haver uma acusação sem nenhuma prova”.
