Rodrigo Pacheco acerta com líderes partidários para só instalar CPI do MEC depois das eleições. Oposição vai recorrer ao STF

  • 05/07/2022

Uma manobra comandada pelo Governo Bolsonaro pode retardar a instalação da CPI do MEC, que pretende investigar corrupção no Ministério da Educação, apenas para depois das eleições de outubro. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, informou que vai ler nesta quarta-feira, dia 6 de julho, os requerimentos que pedem a criação da CPI do MEC e outras comissões. No entanto, em acordo com lideranças partidárias ligadas ao Governo, os trabalhos só começariam depois das eleições deste ano.

Como reação, o autor do requerimento da CPI, o senador Randolfe Rodrigues, líder da oposição, diz que vai esperar a leitura para recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) e tentar garantir o funcionamento da comissão.
No fundo, Rodrigo Pacheco evita criar problemas para o Executivo. A CPI tem a missão de investigar o escândalo da gestão de Milton Ribeiro à frente do MEC, onde dois pastores evangélicos indicados pelo presidente Bolsonaro intermediaram verbas da pasta a prefeitos.