Em entrevista ao JN, Bolsonaro repete mentiras de sempre. Repercussão foi boa entre aliados, mas gera prejuízos fora da “bolha” do presidente
A estimativa é que a entrevista do presidente Jair Bolsonaro (PL) concedida nesta segunda-feira, dia 22 de agosto, ao Jornal Nacional, da TV Globo, tenha atingido cerca de 9 milhões de pessoas, na televisão ou nas redes sociais. Avaliação de Felipe Nunes, do Instituto Quaest, que trabalha com pesquisas eleitorais, 65% das interações foram consideradas negativas. Bolsonaro teve bom desempenho para seus eleitores cativos, mas as mentiras contadas pelo presidente não agradaram nem um pouco os eleitores de maneira em geral.
Jair Bolsonaro recebeu mais críticas nas redes sociais quando tratou da segurança das urnas eletrônicas, quando falou das ameaças de golpe de estado caso venha perder as eleições para Lula, quando falou da ineficácia e incompetência do Governo Federal em tratar com a pandemia da Covid-19 e quando argumentou sobre às denúncias de corrupção em várias áreas do seu governo. Bolsonaro chegou a negar que debochou dos mortos pela Covid-19 ao imitar um paciente com falta de ar por causa do coronavírus. Está sendo desmentido com a exibição do vídeo nas redes sociais desde que terminou a entrevista.
Se a entrevista vai trazer algum efeito positivo nos números das próximas pesquisas eleitorais que trazem Bolsonaro em segundo lugar, atrás de Lula, só o tempo dirá. O certo é que o presidente deixa transparecer que não vai baixar a guarda e pretende continuar a assustar o País com um discurso golpista e de ameaças à democracia, seja na emissora que for.