Investigação na Caixa incrimina ex-presidente Pedro Guimarães. Bolsonaro minimiza resultado de auditoria
A Caixa Econômica concluiu a investigação contra o ex-presidente da instituição Pedro Guimarães por assédio sexual e moral contra servidores. O relatório de 490 páginas, enviado ao Ministério Público Federal, aponta, segundo um investigador, “sadismo e violência” nas condutas do banqueiro. Há fortes indícios de que os fatos relatados pelas vítimas são verdadeiros contra Pedro Guimarães.
O Ministério Público do Trabalho (MPT) solicitou a condenação de Pedro Guimarães. Os procuradores também solicitam que ele pague R$ 30,5 milhões de indenização.
O presidente Jair Bolsonaro voltou a se posicionar sobre o episódio de assédio sexual na Caixa. Em um podcast, Bolsonaro disse que não havia depoimentos contundentes de que houve algum tipo de abuso cometido por Pedro Guimarães e outros diretores do banco. Ou seja, minimizou as denúncias.
Em resposta, as vítimas de assédio na Caixa disseram, em nota, “ser motivo de tristeza que condutas como apalpar seios e nádegas, beijar e cheirar pescoços e cabelos, convocar funcionárias até seus aposentos em hotéis sob pretextos profissionais diversos e recebê-las em trajes íntimos, além de constantes convites para ‘massagens’, ‘banhos de piscina’ ou idas a ‘saunas’ sejam naturalizados e tidos, repetimos, como ‘não contundentes’ pelo Chefe do Poder Executivo”.