Bolsonaristas acusados de incentivar atos golpistas vão se complicando com avanço de investigações no STF
O avanço das investigações no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre os atos golpistas de 8 de janeiro, em Brasília, vão complicando a vida de bolsonaristas “mais graúdos”. Nas últimas 24 horas, foram revelados novos fatos comprometedores envolvendo o senador Marcos do Val e o Tenente-Coronel Mauro Cid.
Endereços ligados ao senador Marcos do Val (Podemos), em Brasília e no Espírito Santo, são alvo de busca e apreensão da Polícia Federal (PF). A ação conduzida por agentes da instituição nesta quinta-feira, dia 15 de junho, segue uma determinação de mandado do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O senador é investigado por tentar obstruir as investigações sobre os atos de 8 de janeiro. Em fevereiro, Marcos do Val declarou que foi coagido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para se aliar a ele em um golpe de Estado após a vitória de Lula nas eleições.
Também nesta quinta-feira, a revista Veja revelou uma trama golpista contida no celular do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, que envolveu até mesmo integrantes do alto escalão das Forças Armadas. Diálogos entre o coronel Jean Lawand Junior, então subchefe do Estado Maior do Exército, e Mauro Cid atestam a participação de Lawand no plano. Após a derrota de Bolsonaro nas eleições, Lawand manteve contato frequente com Cid e exigiu repetidamente que o plano fosse colocado em prática.
Mauro Cid está preso desde o início de maio, após uma operação da Polícia Federal sobre fraudes em cartões de vacina da família Bolsonaro, na qual seu telefone foi apreendido.