Encontro regional do PDT expõe racha entre aliados de Ciro Gomes e do irmão Cid Gomes
O Encontro Regional do PDT, em Fortaleza, que prossegue até esta sexta-feira, dia 23 de junho, expõe o racha no partido envolvendo aliados do ex-ministro Ciro Gomes e do seu irmão, o senador Cid Gomes. Feridas ainda não cicatrizadas da campanha eleitoral de 2022. Ciro estava no encontro acompanhado do prefeito de Fortaleza, José Sarto, do ex-prefeito Roberto Cláudio, do presidente da Câmara Municipal, Gardel Rolim, e do presidente estadual do PDT, André Figueiredo.
Mas o senador Cid Gomes não se fez presente ao encontro, o que também aconteceu com seus aliados, como o presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, Evandro Leitão. A maioria dos deputados estaduais pedetistas também não apareceu.
Cid Gomes tenta assumir o comando do PDT no Ceará, mas ainda não conseguiu um acordo com André Figueiredo. O senador defende harmonia na legenda e uma aproximação com o PT de Lula, Camilo Santana e Elmano de Freitas.
Mas a distância entre os grupos pedetistas só aumenta. Em entrevista ao Diário do Nordeste, Ciro Gomes demonstrou seu inconformismo com a derrota eleitoral no ano passado e não esconde sua indignação com o grupo político de Camilo Santana (PT). “Me preocupa muito o monopólio de poder que o Camilo está querendo montar no Ceará”. Reforçou ainda o distanciamento do irmão Cid com quem rompeu politicamente. “Esta faca ainda está ardendo muito nas minhas costas, portanto se você me permitir eu não desejo fazer nenhum comentário sobre este assunto, porque a faca ainda arde. Eu acho que eu vou morrer com essa dor nas minhas costas”, disse ao DN.