Sergio Moro e Deltan Dallagnol colhem o que plantaram de ruim na Lava Jato
O senador e ex-juiz Sergio Moro e o deputado federal cassado Deltan Dallagnol, ex-chefe da Lava Jato, começam a colher o que plantaram de ruim durante a operação. Os últimos dias têm sido de más notícias para os dois e o futuro reserva muita dor de cabeça para se defender da acusação de delatores. E olhe senão sobrar uma prisão diante da gravidade dos crimes apontados para a dupla.
Deltan Dallagnol teve a cassação de mandato, determinada pelo Tribunal Superior Eleitoral, confirmada pela Câmara dos Deputados. Ainda tentou atrair apoio popular para manter o mandato em manifestações em São Paulo e Curitiba, mas foi fracasso de público.
Sergio Moro tem visto o STF avançar nas investigações contra ele pela conduta na Lava Jato. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, concedeu um salvo-conduto temporário ao advogado Tacla Duran, permitindo que ele participe da sessão sem risco de prisão.
Duran, que havia sido alvo de investigações na Operação Lava Jato em 2016, acusa pessoas próximas a Moro de tentarem extorqui-lo durante as negociações de um acordo de delação premiada naquele ano. Morando no Exterior, o advogado virá ao Brasil para prestar depoimento na Comissão de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados no dia 19 de junho. Essa reunião foi convocada com o objetivo de ouvir as acusações feitas por Duran contra o senador Sergio Moro.
Para completar, o STF também mandou suspender todos os processos que envolvem o empresário Tony Garcia na Justiça Federal de Curitiba e no Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Agora, a investigação do caso vem para o Supremo Tribunal Federal. Tony Garcia fez delação e acusa Moro de coagi-lo a atuar como um “agente infiltrado” para perseguir desafetos. As denúncias são muito graves e o empresário disse ter provas. Tudo foi relatado em sigilo em 2021 a juíza Gabriela Hardt, alinhada com Moro, que manteve o processo parado.