Depoimento de hacker Walter Delgatti coloca Bolsonaro em situação delicada na CPMI dos Atos Golpistas
A situação do ex-presidente Jair Bolsonaro vai se complicando com o avanço das investigações na CPMI dos Atos Golpistas, no Congresso Nacional. Nesta quinta-feira, dia 17 de agosto, o hacker Walter Delgatti afirmou aos parlamentares que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teria lhe prometido um indulto para que ele tentasse fraudar as urnas eletrônicas e colocar em dúvida a lisura das eleições de 2022. O hacker também afirmou que foi pedida sua participação em um grampo do ministro do STF e presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes. O depoimento pode ter um efeito bombástico e complica de vez Bolsonaro, cada vez mais ameaçado de prisão.
Preso desde o dia 2 de agosto por invasão a sistemas do Conselho Nacional de Justiça, Delgatti ficou conhecido nacionalmente em 2019, quando vazou mensagens de diversas autoridades envolvidas na operação Lava Jato. A investigação também miram a deputada bolsonarista Carla Zambelli. Os agentes da PF apuram a inserção de alvarás de soltura e mandados de prisão falsos no Banco Nacional de Monitoramento de Prisões.
Delgatti Neto disse que o marqueteiro de Bolsonaro pediu “código-fonte fake” para apontar fragilidade na urna eletrônica. Ele também disse ter recebido R$ 40 mil de Carla Zambelli para invadir sistemas do Judiciário. O hacker se encontrou com o então presidente Jair Bolsonaro para discutir supostas fragilidades das urnas eletrônicas.
