Novas descobertas no comércio de jóias envolvendo Mauro Cid e o pai fazem PF pedir quebra de sigilo fiscal e bancário do ex-presidente Jair Bolsonaro

  • 12/08/2023

A Polícia Federal fez buscas nesta sexta-feira, dia 11 de agosto, contra suspeitos de vender ilegalmente joias e presentes recebidos por Jair Bolsonaro no exercício da Presidência. O valor de transações pode ter superado R$ 1 milhão. O esquema envolveria o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, que já está preso, o pai dele general Mauro Lourena Cid e também o advogado Frederick Wassef. Os dois últimos também estão ameaçados de prisão.

A PF já pediu ao Supremo Tribunal Federal um pedido de quebra de sigilo fiscal e bancário, bem a realização de novo interrogatório do ex-presidente Jair Bolsonaro, a respeito do esquema internacional envolvendo a venda ilegal de joias e presentes recebidos durante seu período na Presidência da República. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro também será convocada a depor na PF.

A suspeita é que Bolsonaro teria utilizado a estrutura do Governo Federal para desviar presentes de alto valor oferecidos a ele por autoridades estrangeiras. O cerco se fecha contra o ex-presidente. Há quem já defenda uma prisão de Jair Bolsonaro, como é o caso do jurista Miguel Reale Jr. Ele afirmou que existem elementos suficientes para a prisão preventiva Bolsonaro no caso das joias. Segundo Reale Jr, o ex-ocupante do Planalto tentou destruir provas de que presentes recebidos de governos de outros países iriam para o patrimônio pessoal e não para o acervo do Estado brasileiro, como pede a lei.