Com apoio de extremistas, Bolsonaro segue com plano de manifestação dia 25 em São Paulo que pode acabar na decretação de sua prisão
Diante do avanço das investigações da Polícia Federal sobre o seu envolvimento na tentativa de um Golpe de Estado, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PT) tá apostando todas as suas fichas na mobilização de seus aliados em uma manifestação convocada por ele para o próximo dia 25 de fevereiro, na Avenida Paulista, em São Paulo. Bolsonaro acredita que demonstrações de apoio podem influenciar o STF a recuar nas investigações, mostrando as consequências que uma eventual prisão dele poderia acarretar. Alguns aliados do bolsonarismo, que têm mandato político, já avisaram que não vão à manifestação com medo de se complicar com o STF.
O fato é que a insistência na manifestação que tende a ser de crítica à conduta dos ministros do STF poderá acarretar no pedido de prisão preventiva de Jair Bolsonaro. Além da tentativa de golpe, Bolsonaro está envolvido em diversos processos no Supremo Tribunal Federal, incluindo o inquérito das milícias digitais e investigações sobre vazamento de dados sigilosos da Polícia Federal relacionados ao sistema de votação eletrônico e sua gestão durante a pandemia de Covid-19.
E a conduta dos familiares de Bolsonaro também não ajuda. A Polícia Civil do Distrito Federal concluiu um inquérito e indiciou Jair Renan Bolsonaro e Maciel Alves de Carvalho pelos crimes de falsidade ideológica, uso de documento falso e lavagem de dinheiro.
Jair Renan é o “zero quatro”, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro. Maciel Alves é ex-instrutor de tiro de Jair Renan. Agora, com base no indiciamento da Polícia Civil do DF, caberá ao Ministério Público decidir se oferece ou não denúncia à Justiça.
