Depoimentos de ex-comandantes do Exército e Aeronáutica complicam situação de Bolsonaro em investigação da PF
Os depoimentos dos ex-comandantes do Exército, Freire Gomes, e da Aeronáutica, Carlos Baptista Júnior, na Polícia Federal deram detalhes sobre as articulações golpistas conduzidas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e confirmaram a participação em uma reunião convocada por Bolsonaro para discutir uma minuta de um decreto golpista.
A reunião foi revelada pelo ex-ajudante de ordens da Presidência, o tenente-coronel Mauro Cid, em seu acordo de delação premiada. O conteúdo total dos dois depoimentos ainda está sob sigilo, até porque Freire Gomes e Carlos Baptista Júnior foram ouvidos por várias horas pelos agentes da Polícia Federal.
Entre bolsonaristas e aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, o General Freire Gomes já é apontado como “traidor”, por não ter concordado com a trama golpista e agora estar relatando tudo à PF. O ex-comandante de Marinha, Almir Garnier, apontado como o único das Forças Armadas que teria aceitado aderir ao golpe, segundo a delação de Mauro Cid, ficou em silêncio no depoimento à Polícia Federal.