Hospedagem de dois dias de Bolsonaro na Embaixada da Hungria pode antecipar prisão preventiva do ex-presidente
O ex-presidente Jair Bolsonaro teve seu passaporte apreendido pela Polícia Federal e quatro dias depois buscou abrigo na Embaixada da Hungria, onde não poderia ser preso por autoridades brasileiras. O jornal norte-americano The New York Times revelou que Bolsonaro buscou refúgio na Embaixada da Hungria no Brasil durante o Carnaval, temendo ser preso em decorrência das investigações que pesam contra ele, desde tentar um golpe de Estado até falsificar certificados de vacinação. Bolsonaro teve seu passaporte confiscado pela Polícia Federal em 8 de fevereiro, no âmbito das investigações sobre uma trama golpista. A suspeita de tentativa de escapar de uma possível prisão pode complicar Jair Bolsonaro diante das investigações da PF, que poderá pedir a sua prisão preventiva.
O Governo Lula convocou o embaixador da Hungria em Brasília, Miklos Halmai, para se explicar diante das informações da permanência de Jair Bolsonaro em sua embaixada. Ele não foi recebido pelo chanceler Mauro Vieira, mas apenas pela chefe do departamento que se ocupa da Europa, Maria Luisa Escorel, com a missão de deixar claro o desagravo do Brasil em relação ao abrigo oferecido pela Hungria. A reunião durou apenas 20 minutos. O diplomata estrangeiro se manteve em silêncio, sem prestar os esclarecimentos que eram pedidos.