Aumenta queda de braço entre Planalto e Senado por causa da desoneração da folha de pagamento
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu a ação judicial proposta pelo governo ao Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender trechos da lei que prorrogou a desoneração da folha de pagamento de setores da economia e dos municípios.
“A reforma da previdência tem uma cláusula que tem que ser considerada porque, senão, daqui três ou cinco anos você vai ter que fazer outra reforma da Previdência, se não tiver receita. Então nós temos que ter muita responsabilidade com isso…a receita da Previdência é sagrada. É para pagar os aposentados. Não dá para brincar com essas coisas”, completou Haddad.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em conversas reservadas, expressou preocupação com o estado atual das relações entre o governo e o Congresso Nacional. Descrevendo a situação como uma “desarticulação completa”, Pacheco enfatizou que a falta de alinhamento entre os poderes Executivo e Legislativo está prejudicando o andamento das atividades governamentais.
O vice-presidente Geraldo Alckmin reiterou que a responsabilidade fiscal é um patrimônio do povo brasileiro e uma tarefa que envolve todos os Poderes e níveis da Federação. Citando tanto Haddad quanto a ministra do Planejamento, Simone Tebet, Alckmin enfatizou a importância da espinha dorsal do arcabouço fiscal e a necessidade de diálogo para garantir a solidez dos fundamentos econômicos do Brasil.