Copom do Banco Central define taxa Selic hoje frente às críticas de Lula diante da postura política do presidente Roberto Campos Neto

  • 19/06/2024

A pressão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela queda dos juros na véspera da decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) aumentou a expectativa do mercado financeiro sobre o placar dos votos do colegiado do Banco Central.

A principal aposta dos neoliberais continua sendo a de que o colegiado decidirá nesta quarta-feira, dia 19 de junho, de forma unânime pela manutenção da taxa básica de juros (Selic) no atual patamar de 10,5% ao ano. Mas a possibilidade de novo racha no grupo ganhou força depois das declarações de Lula contra Roberto Campos Neto, presidente do BC.

As atenções dos economistas estarão voltadas para o posicionamento dos quatro indicados pelo governo Lula, em especial para o voto de Gabriel Galípolo. Ex-número 2 do ministro Fernando Haddad (Fazenda), o diretor de Política Monetária do BC é o favorito a assumir o comando da autoridade monetária ao término do mandato de Campos Neto, em 31 de dezembro. Saiba mais:

O presidente Lula criticou a atuação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em entrevista à Rádio CBN na manhã da terça-feira, dia 18. Além se manifestar contrário à manutenção da taxa de juros em patamares altos, Lula ironizou o encontro de Campos Neto com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em que o economista teria sinalizado vontade de assumir o Ministério da Fazenda em um eventual governo do bolsonarista e comparou Campos Neto ao ex-juiz suspeito e senador, Sergio Moro, ao ressaltar que o presidente do BC tem o mesmo papel, “com rabo preso a compromissos políticos”.