PF aponta omissão de Mauro Cid e pede anulação de delação do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Mauro Cid é intimado por Moraes para esclarecer contradições em depoimento
O acordo de delação premiada firmado pelo tenente-coronel Mauro Cid pode ser anulado diante das suspeitas de que o ex-auxiliar de Jair Bolsonaro omitiu informações sobre o plano para matar Lula (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. Horas depois de o militar prestar explicações à Polícia Federal, a corporação encaminhou à Corte um pedido para romper o arranjo celebrado no ano passado.
Ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, Mauro Cid será ouvido no Supremo Tribunal Federal (STF) na tarde da próxima quinta-feira, dia 21 de novembro. A audiência foi marcada para analisar as contradições dos depoimentos de Cid com as investigações da Polícia Federal e será presidida pelo próprio ministro relator do caso, ministro Alexandre de Moraes.
A investigação da PF que apura a tentativa de golpe de Estado visando impedir a posse do presidente Lula (PT) conecta Jair Bolsonaro (PL) à redação e ajustes da chamada “minuta do golpe”. O documento previa uma intervenção no Judiciário com o objetivo de impedir a posse de Lula e convocar novas eleições.