Lula propõe aliança estratégica com o Japão e destaca atração de grandes investimentos para o Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta terça-feira, dia 25 de março, uma nova etapa nas relações entre Brasil e Japão, baseada na cooperação econômica, tecnológica e ambiental. O discurso ocorreu no encerramento do Fórum Empresarial Brasil-Japão, em Tóquio, e foi marcado por uma crítica contundente à concentração de renda, além de um forte apelo ao multilateralismo em tempos de incertezas globais.
“Eu tenho dito que muito dinheiro na mão de poucos significa manutenção da pobreza. E pouco dinheiro na mão de muitos significa distribuição de renda, significa distribuição de riqueza”, afirmou o presidente, ao abordar a retomada do papel dos bancos públicos no fomento ao crédito e ao investimento no Brasil. Ele destacou o fortalecimento do Banco do Brasil, do BNDES e da Caixa Econômica Federal como motores da inclusão social e da expansão econômica.
Lula ressaltou a estabilidade política, jurídica e econômica conquistada nos dois primeiros anos de seu mandato, relembrando o crescimento acima das expectativas. “A previsão do crescimento do Brasil era 0,8% em 2023 e nós crescemos 3,2%. Era uma previsão de 1,5% em 2024 e crescemos 3,4%. E eu posso garantir ao primeiro-ministro Ishiba que vamos crescer mais em 2025”, disse, ao lado de lideranças dos três Poderes, empresários e sindicalistas.
O presidente brasileiro reafirmou o compromisso do País com a estabilidade política, a retomada do crescimento econômico e a transição energética como pilares para uma nova etapa na relação bilateral com o Japão.
“O Brasil é um porto seguro. Estamos consolidando com o Japão uma nova estratégia de relacionamento. Queremos vender e queremos comprar, mas, sobretudo, queremos compartilhar alianças entre as empresas japonesas e brasileiras para que a gente possa crescer juntos”, declarou Lula, ao lado do primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba.
