Nos EUA, Eduardo Bolsonaro pede licença de 122 dias da Câmara. Já Carla Zambelli começa a ser julgada no STF nesta sexta-feira pelo episódio de arma em punho nas eleições de 2022
Refugiado nos Estados Unidos onde alega uma perseguição do Judiciário brasileiro, que não existe, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) apresentou nesta quinta-feira, dia 20 de março, um pedido formal de licença da Câmara dos Deputados por um período total de 122 dias.
Com a licença para tratar de assuntos particulares, Eduardo Bolsonaro não receberá salário de R$ 46 mil durante o período afastado. Será convocado um suplente para ocupar a vaga do filho do ex-presidente Bolsonaro na Câmara Federal.
Apesar de não ser alvo de qualquer investigação no STF, Eduardo Bolsonaro diz temer ser preso e justificou sua decisão dizendo que pretende “buscar sanções” contra o ministro Alexandre de Moraes e outras autoridades do Judiciário. A preocupação do deputado licenciado, no entanto, é o início do julgamento do pai no STF, acusado de liderar uma tentativa de golpe de estado, a partir de 25 de março.
Nas tem outra bolsonarista que entra na mira do Judiciário nesta sexta-feira, dia 21 de março. O Supremo Tribunal Federal começa a julgar a ação penal contra a deputada Carla Zambelli, por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo.
O caso se refere a um episódio de outubro de 2022. Na véspera do segundo turno das eleições presidenciais, Zambelli discutiu com um apoiador do então candidato Lula, em uma rua de um bairro nobre de São Paulo. Desde então, Zambelli passou a ser odiada por muitos bolsonaristas, ao ser acusada de ter contribuído para a derrota de Bolsonaro para Lula nas eleições de 2022. A própria família Bolsonaro não quer mais aproximação com a deputada, que tem o seu mandato ameaçado na Câmara dos Deputados.
