Governo Lula se prepara para enfrentar CPMI do INSS e mostrar que as fraudes começaram ainda com Jair Bolsonaro

  • 16/05/2025

A oposição no Congresso Nacional avança nas articulações para a instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre os descontos irregulares aplicados em benefícios do INSS. Até mesmo integrantes da base governista avaliam que a CPMI é inevitável e pode até ser boa para o Governo Lula pelo fato de poder mostrar para o País que as irregularidades começaram ainda na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), sem a devida apuração da Polícia Federal ou da Controladoria Geral da União (CGU).

Assim, o Governo Federal já se movimenta nos bastidores para buscar protagonismo nas investigações, que prosseguem pela PF e CGU. O Palácio do Planalto trabalha com a estratégia de buscar cargos estratégicos na CPMI, como relatoria e presidência. Um dos nomes cotados para a relatoria é o da deputada Tabata Amaral (PSB-SP).

A oposição deseja explorar politicamente a instalação da CPMI do INSS de olho na sucessão presidencial de 2026. Quer resgatar o presidente Lula, mas esquece que a apuração também pode trazer responsabilidades do governo Jair Bolsonaro nos desvios de repasses dos aposente pensionistas.

Pelo menos 37 senadores e 223 deputados já assinaram o pedido da CPMI, que também depende da leitura em sessão conjunta do Congresso (Senador e Câmara dos Deputados). É preciso que o presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre (União-AP), tome a decisão de instalar a comissão, mas ele ainda não se pronunciou sobre o tema.